8.2.12

Clássicos: 10 razões para os revisitar

Numa época em que se supunha que o cinema avançava sem temer para a era do 3D, o “The Artist” vem deixar a dúvida no ar.
Michel Hazanavicius, realizador da película, optou por maravilhar aqueles que nasceram noutra era ao fazer regressar às salas um filme mudo. Uma ode ao que a Sétima Arte já foi, mas que não é mais.
Para uns pode ter-se revelado o encanto por este género cinematográfico, para outros pode apenas ter voltado a nostalgia da chamada “Era de Ouro do Cinema”.

"The Artist"
Para uns e para outros, aqui ficam boas razões para se revisitar os clássicos do cinema mundial:

1. A falta de avanços tecnológicos de algumas câmaras limita a qualidade de imagem, o que efectivamente lhe dá um ar antigo. E isso é mau? Não de todo. (Ex: "Casablanca", 1942)

2. Por outro lado, os meios que se dispunham na época foram os suficientes para certos realizadores nos surpreenderem com imagens à “frente do seu tempo”. (Ex: "2001: A Space Odyssey", 1968)

3. Quando um filme é a preto e branco permite-nos olhar de outra forma para a fotografia: reparar em pormenores, comparar os cenários e as prestações dos actores. (Ex: "Psycho", 1960)

4. Por sua vez, se o filme for a cores existe uma espécie de estratagema para que certos aspectos sejam realçados. (Ex. "A Clockwork Orange", 1971)

"A Clockwork Orange"
5. Para aqueles que cresceram com os clássicos da Disney a aproximação de certos filmes a estes géneros fantásticos é um ponto forte. As histórias da “Cinderela” ou do “Patinho Feio”, entre outras, podem ser vistas como analogias para certas personagens. (Ex: "Sabrina", 1954)

6. Quanto aos actores, existe um aspecto semelhante em todos eles: o charme. Em primor da beleza os actores clássicos eram charmosos. Repletos de elegância. Verdadeiros galãs. (Ex: Marlon Brando em "A Streetcar Named Desire", 1951)

7. Já as senhoras eram caracterizadas como princesas. Cheias de romantismo, humor ou drama. Mas todas elas belas, puras divas. (Ex:  Katharine Hepburn em "Bringing Up Baby", 1938)

"Bringing Up Baby"
8. Nas suas prestações, pode notar-se a forma distinta com que se dão os diálogos. Actores e actrizes falam de um modo mais pausado, mais carismático, vincadamente num tom grave ou agudo. (Ex: "Chinatown", 1974)

9. No cinema mudo, onde não há diálogos, priva-se por um cinema “físico”. A essência reside não no que se diz, mas sim no que se interpreta tendo em conta expressões faciais e corporais. (Ex: "Modern Times", 1936)

10. Pelos cinemas foram rodados mais de mil e um beijos. Contudo, nunca um beijo foi tão intenso como nesta época. (Ex: "Gone with the Wind", 1939) 

"Gone with the Wind"


Sem comentários:

Enviar um comentário