A estreia do filme “The Iron Lady”,
onde Meryl Streep é protagonista, traz de volta à ribalta o nome da primeira e única primeiro-ministro
britânica, Margaret Thatcher.
Depois de uma
infância rígida, Thatcher foi o primeiro membro da família a ingressar em
Oxford, onde estudou ciências químicas. Anos depois percebeu que essa não era a
sua vocação. Estudou Direito em pós-laboral, exercendo advocacia fiscal a
partir de 1954, enquanto iniciava a vida política.
Como ministra da Educação,
cargo que exerceu desde 1970, foi criticada pelos cortes que efectuou no
sector, incluindo na entrega gratuita de leite nas escolas, o que lhe valeu o
epíteto de “Thatcher, the milk snatcher”.
Eleita líder do Partido
Conservador em 1975, conseguiu chegar ao poder quatro anos depois. Centralizou
o seu discurso no ataque à União Soviética. O “Estrela Vermelha”, um jornal de
propaganda soviética decide então apelidá-la pela primeira vez de “Iron Lady”.
Um dos momentos chave
da sua governação foi aquando da guerra das Malvinas. A 8 mil quilómetros de distância,
o arquipélago das Malvinas encontrava-se sob o domínio britânico desde o início
do século XIX. Em 1982, a Argentina decidiu reclamá-lo como seu território, sob
o pretexto de este ter sido ocupado ilegalmente. Thatcher viu aí uma
oportunidade de relançar a sua popularidade e enviou 27 mil homens para lutarem
pelo ego inglês. O resultado foi uma enorme vitória e o fim do regime ditatorial
argentino.
Em 1984, sobreviveu a um atentado dos
republicanos irlandeses do IRA.
Como chefe de governo conduziu uma politica neoliberal, privatizou empresas estatais, da educação e meios de
ajuda social, lutou contra o desemprego e
pela limitação das greves. Foi uma mais que bem sucedida mulher num mundo de
homens. O pulso forte que o Reino Unido precisava. Esteve no poder de 1979 a 1990,
e nesse período nenhum outro político lhe conseguiu fazer frente. A oposição de
Margaret veio de outro ramo. Os produtores artísticos: bandas, pintores,
actores e actrizes, escritores e artistas plásticos lutaram lado a lado com o “homem
forte” do governo britânico.
Thatcher possui ainda
alguns títulos de nobreza, que lhe conferem o lugar na Câmara dos Lordes.