9.1.12

Men Eater e Riding Pânico no Musicbox

A expectativa era enorme. Os Riding Pânico não actuavam em Lisboa há algum tempo, e os Men Eater trouxeram o ainda fresco ”Gold”, de 2011, que obteve críticas bastante favoráveis, inclusive na nossa revista. A longa fila, que terminava na porta do Musicbox, atestava a vontade de ouvir estas duas poderosas bandas nacionais.

Com sala esgotada, coube aos Riding Pânico, com Chris Common (ex-These Arms Are Snakes) na bateria, a abertura da noite. Rapidamente a sala ficou inundada pela atmosfera penetrante e extensa, pela qual as músicas destes rapazes são reconhecidas. Começando com Running Kids, do álbum Lady Cobra, de 2008, o concerto passou pelos temas do novo EP ainda por lançar, que promete uns Riding Pânico ainda mais entrosados, barulhentos e largos, em termos sonoros. A (curta) actuação terminou com a extasiante “E se a Bela for o Monstro”, provavelmente a grande bandeira do agora quinteto, recebida com palmas fortes pela multidão e que findou uma prestação irrepreensível.

Foi então a vez dos senhores da noite. Liderados pelo imponente Mike Ghost, os Men Eater subiram ao palco para fazerem o que sempre souberam fazer (e bem), barulho. Muito Barulho. Apesar de, muitas vezes, a própria acústica da sala não ter sido benéfica ao som, é indubitável que os Men Eater têm a personalidade da sua música muito bem apurada. Passando por temas dos primeiros álbuns, “Gold” foi, obviamente, o disco mais visitado, do qual “Sustain the Living” e “When Crimson Trips”, só para dar o exemplo, atestaram a qualidade e maturidade. A mítica “Lisboa”, foi um dos pontos altos da noite, e se bem que ninguém soltou cães atrás de alguém, saímos todos do Musicbox de peito cheio.

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