9.12.11

Smashing Pumpkins no Campo Pequeno.

Mesmo com 4º C previstos, os primeiros fãs não deixaram de esperar à porta, para garantir o melhor lugar no concerto. Após quatro anos desde a sua última visita a Portugal, a banda de Chicago volta para apresentar o seu último álbum “Oceania”, cujo lançamento será em 2012.

A banda de abertura, Ringo Death Starr, mostrou-se pouco apelativa, e com um som bastante distorcido, apenas se ouviu a bateria e uns riffs barulhentos vindos da guitarra.



Às 21h00 entra uma das bandas mais esperadas em Portugal: Smashing Pumpkins. Em palco, constituídos originalmente pelo vocalista Billy Corgan, começaram por tocar “Quasar” do novo álbum. Billy Corgan aparece vestido de preto, a realçar o espírito old-school com botas pretas e umas meias a condizer. Sem o aspecto cadavérico e magro que nos apresentou no Alive07, o vocalista preencheu toda a sala de espectáculos com o seu ego enorme, num palco bem decorado e acompanhado de músicos brilhantes. O resto da set-list continuou a alternar entre o novo álbum e as músicas antigas, enquanto as vozes do público se permaneceram fiéis às sonoridades primordiais da banda, manifestando-se no tema “Muzzle”. “Silverfuck” foi uma das músicas que levou a plateia ao rubro, e esboçou um sorriso em Billy, que até à altura se permaneceu demasiado concentrado nas suas melodias. Mas foi com “Cherub Rock” que o concerto realmente começou. A plateia cantou em uníssono a música de “Siamese Dream”, bem como a que se seguiu, “Tonight Tonight”. Billy Corgan provou a sua excelência enquanto guitarrista, vocalista e compositor, dando um concerto fervoroso.

Os seus solos magníficos e a sua jam instrumental, provaram que Billy tem todos os motivos para o seu ego gigante e o estatuto de deus que tanto apresenta. No final do concerto, a banda retirou-se do palco e esperou pelos gritos profundos e aplausos repetidos vindos do público. De volta para o encore, o vocalista explica que no dia anterior se encontrou mal disposto, e esta noite seria a vez da sua baixista sofrer do mesmo problema. “We are going to play a song that we don’t usually play”, foi a frase que antecedeu os primeiros acordes de “Today”. Um dos momentos mais bonitos da noite provocou arrepios a todos os fãs que não esperavam ouvir uma das músicas mais conhecidas da banda. Seguiu-se “Zero” e “Bullet With Butterfly Wings”, que levou todo o ser humano presente na sala ao rubro. Dos 18 aos 48 anos, todas as pessoas saltaram e gritaram a letra destas duas obras-primas, da banda que tanto fez os portugueses sofrerem por amor.

De concerto terminado, alguns fãs suspiravam pela falta de “Tarantula” e “1979”, e cansados de três horas de concerto (talvez demasiado instrumental), abandonaram o Campo Pequeno.

A organização não nos permitiu tirar fotos.

Por Joana Bandeira Costa

1 comentário:

  1. Podem ver fotos em:
    - http://www.facebook.com/photo.php?fbid=274700742582443&set=a.274700569249127.96364.133676983351487&type=1&theater
    - http://blitz.aeiou.pt/smashing-pumpkins-no-campo-pequeno-lisboa-texto--fotogaleria=f78165

    Joana Costa

    ResponderEliminar