Conclui-se a trilogia. Sente-se um vazio. A expectativa e ansiedade desaparecem. É triste dizer adeus a uma das sagas mais marcantes da história da música portuguesa.
Mas Fausto, esse monstro da Música Popular Portuguesa, esse “bicho-do-mato” e artista consumado da geração dos “reacionários” de 70, fecha em grande o que é, para mim, a magnum opus da música cantada em português.
A “Lusitana Diáspora” – nome da trilogia – e a narração das aventuras dos navegadores portugueses por terras nunca dantes navegadas e uma leitura ora saudosista, ora cínica e cruel de episódios passados e remakes do presente.
Chegamos agora a terra firme. O oceano já ficou para trás e uma nova terra aguarda-nos. E a maior novidade não é no avançar da história mas sim na evolução e drástica inovação das sonoridades exploradas. Engana-se quem disser que já ouviu algo assim. Provavelmente já ouviu temas remotamente semelhantes e isso compreende-se. Porquê?
Fausto explora e apropria-se de todos os géneros musicais (os que lhe interessam, pelo menos…) e transforma “Em Busca das Montanhas Azuis” numa experiência sónica extraordinária e inédita no universo da música portuguesa.
Que me perdoem os Dead Combo, mas este álbum é o meu candidato para álbum português de 2011.
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